Tornar Eterno o que é Mutável

Novas configurações familiares exigem atualizações na arquitetura patrimonial

Neste 21 de abril, enquanto o país rememora Tiradentes e sua luta por liberdade, refletimos sobre outro tipo de liberdade: a de escolher o futuro do seu legado. O conceito de família, que por séculos se apoiou em estruturas rígidas, hoje se desdobra em multiplicidades: famílias mosaico (estrutura familiar que se forma a partir de um novo relacionamento entre pessoas que já tiveram filhos em relacionamentos anteriores), homoafetivas, transnacionais (aquelas com membros que vivem em diferentes países), com vínculos que vão além da consanguinidade.

Essa nova realidade exige uma sucessão patrimonial que vá além do jurídico — e penetre no estratégico. Com a transformação da estrutura familiar, surge a necessidade de mecanismos sucessórios mais flexíveis, que reconheçam uniões não convencionais, herdeiros múltiplos, ativos em diversas jurisdições e vontades que não cabem nos moldes tradicionais.

A sucessão deixa de ser apenas um ato de transferência e passa a ser uma construção multidisciplinar.

Na prática, isso significa ir além de testamentos e inventários.

É preciso desenhar arquiteturas patrimoniais personalizadas, que combinem:

  • Holdings familiares, com diferentes classes de ações para proteger a governança.
  • Fundações privadas, para famílias com visão filantrópica ou que buscam perpetuação de valores.
  • Trusts internacionais, com regras de sucessão pré-definidas, eficiência fiscal e proteção jurídica.
  • Previdência privada e seguros de vida estruturados, como fontes de liquidez imediata para herdeiros em qualquer jurisdição.
  • Produtos estruturados e carteiras globais, com foco em preservação e expansão do capital, respeitando os limites regulatórios de cada mercado.

Segundo a UBS, famílias afortunadas que melhor preservam seus ativos adotam o conceito de “Wealth Way”, uma abordagem baseada em três pilares: liquidez de curto prazo, objetivos de longo prazo e transmissão de legado.

O desafio não está na falta de opções. Está na precisão da escolha. Um erro comum é replicar estruturas alheias. Mas em planejamento sucessório, o que serve para uma família pode comprometer outra.

Cada decisão exige:

  • Diagnóstico do momento de vida da família.
  • Avaliação do apetite de risco.
  • Visão de longo prazo.
  • Harmonia entre os membros.

As estruturas precisam evoluir com a família. E isso requer acompanhamento contínuo, com especialistas que transitem entre o jurídico, o tributário, o emocional e o estratégico.

O family office como maestro da complexidade

Orquestrar essa sucessão exige mais do que bons produtos.

Exige pessoas experientes, com visão ampla, técnica refinada e sensibilidade para interpretar as nuances de cada família.

Na AMB Multi Family Office, cada estrutura é pensada com sobriedade, profundidade e intencionalidade. Construímos planos que atravessam gerações, respeitando as raízes — e abrindo caminho para novos ramos, com a maestria de quem já faz isso há 17 anos.

Se sua família não é comum, por que sua sucessão seria?

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