Imagine duas pessoas.
O primeiro é Richard Fuscone: um executivo brilhante do banco Merrill Lynch, formado em Harvard, que viveu rodeado de luxo. Casas enormes, carros importados, festas, viagens internacionais. Alguém que parecia dominar todos os segredos do dinheiro.
O segundo é Ronald Read: um faxineiro e zelador de posto de gasolina. Simples, discreto. Levava uma vida extremamente modesta.
O que poderia parecer uma história comum da trajetória de cada um, temos dois extremos em contextos e resultados.
Richard perdeu tudo. Foi à falência durante a crise de 2008. Seu estilo de vida estava alavancado. Vivia no limite, confiando que sua renda alta seria eterna. Bastou uma crise econômica para derrubar o castelo.
Ronald, por outro lado, surpreendeu o mundo quando faleceu: deixou 8 milhões de dólares acumulados. Dinheiro que, em grande parte, foi doado para uma biblioteca pública e um hospital da cidade.
Ninguém sabia que aquele senhor que vivia com simplicidade era, na verdade, milionário.
A diferença não foi inteligência, conhecimento técnico ou acesso. Foi comportamento.
Ronald gastava menos do que ganhava. Investiu de forma paciente, deixou o tempo e os juros compostos fazerem seu trabalho. E nunca precisou correr riscos absurdos, nem viver preocupado em aparentar riqueza.
Enquanto isso, Richard, com toda sua formação e inteligência financeira, foi vítima do próprio estilo de vida.
DINHEIRO NÃO OBEDECE APENAS A FÓRMULAS MATEMÁTICAS. DINHEIRO É, ANTES DE TUDO, UM JOGO PSICOLÓGICO.
O mercado financeiro é fascinante nesse ponto. É uma das poucas áreas em que isso pode acontecer. Nunca veremos histórias como “como um faxineiro conseguiu realizar uma cirurgia cardíaca de alta complexidade” ou “como um zelador construiu o maior arranha-céu do Brasil…”. Nem que ganho um prêmio Nobel de física.
CONCLUINDO…
Riqueza não se mede no que você ostenta. Se mede na liberdade que você constrói silenciosamente, dia após dia.
Se você ainda não leu “A Psicologia Financeira”, recomendamos fortemente que o faça. As reflexões de Morgan Housel têm o poder de mudar perspectivas e inspirar mudanças significativas na forma como lidamos com um dos aspectos mais importantes e, frequentemente, mais desafiadores de nossas vidas.
Até a próxima edição
